O mundo ocidental, em sua grande maioria, desconhece ou dá pouca importância a produção intelectual do extremo oriente. Esse desconhecimento deve-se a questões histórico culturais que impediram o estabelecimento de uma mesma pauta de objetivos para ambas as tradições. A filosofia oriental geralmente é interpretada pelos pesquisadores de nossas academias no interior do quadro referencial do ocidente. Dessa forma costumamos colocar pensadores como Chuang-Tsé ao lado de filósofos como Tomaz de Aquino ou Platão ao passo que lateralizamos autores como Sun-Tsé a Machiavel, por exemplo. Um equívoco, penso, irreparável e inultrapassável. Não temos outro instrumentos para pensar outra cultura senão aqueles fornecidos por nossa própria cultura. Vários autores, como D.T Suzuki, por exemplo, esforçaram-se para levantar as diferenças entre nossa filosofia acadêmica e a filosofia oriental. Todavia, o próprio Suzuki tentou levantar também as semelhanças entre a filosofia oriental e o misticismo alemão, por exemplo. Não que essas semelhanças não existam, porém para indivíduos como nós que participaram de todo processo de condicionamento e escolarização essas comparações são todas malsãs e não prestam-se senão a um eruditismo vão. Como venho defendendo em outro tópicos, a experimentação e a experiência possuem um valor intrínseco e nem sempre partilhável. Uma filosofia nada é senão a sugestão de um modo especifico de vida, a sugestão a lidar com as coisas de certo modo. A filosofia oriental, sob esse viés poderia sugerir uma maneira nova De lidar com as coisas. Qual seria essa maneira? Não possuo essa resposta. Creio que ela deverá variar de pessoa para pessoa. É preciso ler, e sondar as possibilidades dessa leitura para a vida de cada um .
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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